Arranque

Começo hoje, 14 de Setembro de 2007, em terras de Sua Majestade o Rei Abdala bin Abdelaziz a iniciar a minha actividade de “bloguista”.

Não vai ser fácil o caminho, até porque sou um bocadinho preguiçoso, mas na medida do possível vou tentar arranjar um tempo para isto.

É claro que espero ter audiência (pelo menos dos meus amigos) !

Também estou aberto a críticas e sugestões.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Visita papal

A importância que se dá a um chefe de estado tâo pequeno?
Quando vier o Dalai Lama vai acontecer o mesmo?
E depois, não vêm o que incomodam quem não acredita nas "verdades" deles, e que têm que viver com as crises e as guerras que eles criam.
Porquê é que eu sou obrigado a ser a favor, ou contra, o monoteísmo?
Quem tem direito de dizer que o meu deus não é o Sol ou a tua prima?
Ou que não gosto de ninguém que goste dele? Ou que, mesmo respeitando-os, não suporto a publicidade bacoca que fazem?
E eu? Não tenho deus dentro de mim? Alguém respeita a minha religião?
EU NÂO COMO AVES.
E...??????
Quem é que não come aves?
E os outros animais?
E o porco?
Aquele chouricito ou aquele presuntito?
Não me lixem, eu não sou só lúcido como o Álvaro, eu já lhes dei a comer chouricitos e presuntitos e eles comeram e, conscientemente, continuaram a gostar de frequentar a minha casa.
Também já comi com muito papa, eu próprio fui apóstolo.
Ainda hoje sei quase todas as respostas que o povo diz na missa, só que agora sei por saber, e até posso dizer, só por dizer.
Interessam-me muito mais as pessoas.
Aqueles que o deus deles anda a lixar.
Eu acredito mesmo nas pessoas.
Na educação das pessoas.
Na humanização das pessoas.
Na pessoalização de cada pessoa.
Na animalização da pessoa não como rei dos animais, mas como parceiro.
Comendo-os, claro. Excepto as aves.
Para que eles saibam que eu não sou um animal como eles, mas um ser maior.
Tão grande que sou capaz de amar, o que nehum outro animal, a não ser as aves, são capazes.
Por isso não as como.

Os passarinhos
Tão engraçados
Fazem os ninhos
Com mil cuidados

São p´ros filhinhos
Que estão p´ra ter
Que os passarinhos
Os vão fazer

Nos bicos, trazem coisas pequenas!
E, os ninhos fazem-nos de musgo e penas!

Que nunca se faça mal a um ninho,
À linda graça de um passarinho!
Que nos lembre-mos sempre também
Do nosso pai, da nossa mãe.

Ou coisa parecida!

Digam -me só: porque razão eu sou obrigado a ir para as vossas guerras?

— Tens toda a razão companheiro! Estou contigo!

Eu sei Maria, mas vais ver, que mais cedo ou mais tarde, alguém há-de vir para aqui denunciar que eu adoro fois gras, só para que ninguém acredite na minha "verdade"

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Yolanda Soares

Normalmente vejo pouca televisão e muito menos durante a tarde, mas há já algum tempo estava eu de televisão ligada ao meio da tarde, sem lhe prestar quaquer atenção, só pela companhia, quando de repente fui despertado por uma música que passava num programa que não me recordo o nome, só que era no 2º canal, e que me obrigou a ver o resto do dito até ao fim. E não é que fiquei mesmo impressionado? e com razão dirão alguns. Mas o verdadeiro previlégio foi ver mesmo partes do espéctaculo deste disco, espero que grave um DVD. Ou melhor espero ter oportunidade de rever ao vivo. Para ouvir e ver um bocadinho é melhor ir ao site da artista: http://www.yolandasoares.com/, onde também pode consultar a agenda.

Mas há mais, esta menina tambem é produtora de espectáculos de grande qualidade. Veja em: http://www.bythemusic.pt/


""Podíamos chamar-lhe “Filha da Música”, pois cresceu rodeada de músicos e cantores. O sonho de ser bailarina, curso no qual ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa, deu lugar à grande paixão pelo canto, que também estudou na mesma instituição. Terminado o curso de canto, iniciou uma caminhada numa descoberta de si própria, aventurando-se em experiências múltiplas que ela própria chama de “Universidade Artísitica”.
Directora artística, autora e cantora de quase todos os espectáculos produzidos pela empresa “By The Music”, e depois de uma larga experiência nos diversos estilos musicais com os quais teve contacto, Yolanda encontrou finalmente o caminho que a caracteriza.
O gosto pelo fado, pela música clássica, pela originalidade, e a impulsividade que a caracteriza, fizeram deste trabalho uma autêntica “caixinha de música” de emoções que vem realmente fazer a diferença. A versatilidade da sua voz é um dom que utiliza como uma brincadeira… mas num mundo tão sério como o do fado. Yolanda gosta dessa diferença, pois pretende mexer com os sentimentos de quem a rodeia. Gosta de despertar emoções para mostrar que o mundo que existe dentro de todos nós é único e maravilhoso.
“Fado em concerto” tornou-se numa autêntica odisseia… inclui uma orquestra gravada na República Checa, 5 vozes com características líricas, um cravo, guitarra portuguesa, piano, sintetizador, bateria e uma equipa de grandes profissionais das mais diversas áreas que se juntaram com o objectivo de fazer arte. Porque a arte é o alimento da alma. Yolanda participou nesta odisseia desde o primeiro minuto. Além de ser cantora, é autora de duas letras incluídas no CD e fez, juntamente com Abel Chaves, toda a direcção musical.""
http://pt.wikipedia.org/

Para ouvir o cd todo click aqui e aqui
http://www.musicalmente.info/

sábado, 28 de junho de 2008

José Afonso



Não podia deixar de começar esta série de postagens sem me lembrar da música portuguesa. E quem melhor para a representar...claro Zeca Afonso.



Para que os mais velhos não se esqueçam e os mais novos o conheçam.



Conhecer José Afonso nas suas próprias palavras:

Aveiro 1929-1932
"Eu não sei se isso de recordar o nascimento corresponde a um conteúdo repetido dos sonhos (...). Agora que existe uma imagem persistente, uma luz muito difusa (...), uma luz láctea, uma luz imanente, uma luz muito vital (...) como se fosse um banho de leite que me mergulhasse a mim ou que mergulhasse o Universo. Uma larva branca. É a impressão que eu tenho."

"Eram umas tias afáveis, (...). E tenho perfeitamente na cabeça a imagem de lugares na casa: um pátio nas traseiras. (...). Tomávamos café de cevada à noite...""Era uma cozinha enorme, com um fogão de ferro alimentado a blocos de madeira... (...)".

Angola 1932-1937
"Não foi talvez, nem a minha infância em Portugal, nem a segunda fase em África; foi a fase intermédia que foi a mais marcante. (...). Foi a minha viagem no barco Mouzinho... Fui entregue (...) a um primo muito conhecido em Luanda que ia de lua de mel, (...) e que praticamente desapareceu...! E eu transformei um sujeito que conheci a bordo numa espécie de parente vitalício que foi um sacerdote a que eu chamava... o homem das barbas... Missionário de certeza! (...). O homem das barbas deve ter substituído integralmente as minhas tias... Esse homem era quase para mim um absoluto...".

"(...) a África era uma coisa imensa, uma natureza inacessível que não tinha fim, contactos com fenómenos da natureza extremamente prepotentes como eram as grandes trovoadas, os gafanhotos, florestas, travessias de rios em barcaças, etc., etc. Estive também em Luanda onde creio que iniciei a 1ª classe".

Lourenço Marques 1937-1938
"Aos oito anos regresso a África. Agora é Moçambique, não é Angola. Pouco tempo ali estou mas é de novo o paraíso. Somos eu, o meu irmão e a minha irmã... Também nesse tempo vamos com a família à África do Sul e vemos feras em liberdade... Eu sonhava nunca mais abandonar aquela terra".

Belmonte 1938-1940
"De Moçambique vim para Belmonte onde um tio meu era Presidente da Câmara, comandante da Legião!... Homem valsante; gostava muito de valsar e de dançar o tango (...). Uma terra horrível. Um período fechado. Privado de contactos. Eu não podia sequer dar-me com os meninos da vila. Fiz ali a 4ª classe. (...) o pior ano da minha vida.""Ouço noites seguidas daquele meu quarto as notícias captadas pelo meu tio que era de facto a ameaça germânica - 'Londres comme Cartago sera détruite!' ".

Coimbra 1940-1955
"O liceu é a dois passos... (...). Há lá uma ladeira e ao cimo da ladeira era a casa da tia Avrilete, um segundo andar. O ambiente era muito conservador: mulheres de escapulário ao pescoço. Proibições... Por baixo vivia uma outra família e por baixo ainda era a mercearia do Sr. Santos".
"Quando havia trovoada a minha tia dizia o magnificat com voz de sibila, aliás, as três mulheres, (...) diziam todas as três o magnificat em três pontos diferentes da sala, cada uma no seu tom".
"(...) tanto ia aos 'Cágados' onde comia ovos à uma da manhã, como passava pelos 'Galifões' ou pelos 'Corsários das Ilhas'. Os 'Cágados' ficavam perto da minha casa, quando vivia no Beco da Carqueja. A parte de trás dava mesmo para o Quebra Costas e para o Gil, (...). Também conheci muita malta da 'Prá-quis-tão' e tive um convívio bastante estreito com os tipos do ´Palácio da Loucura'. De um modo geral convivi com a 'Ai-Ó-Linda' e dava-me muito com o Lobão dos 'Corsários das Ilhas', (...)".

"Havia uma sociedade de indivíduos que viviam na Alta ou na Baixa economicamente depauperados: barbeiros, merceeiros, profissões dependentes do estudante. Recordo-me que as criadas viviam num estado de fome permanente nas férias grandes e começavam a comer quando os estudantes regressavam. (...). Lembro-me do estatuto de estudante que era, apesar de tudo, compatível com uma certa compreensão humana da situação dessa gente. Esta visão sentimental do que eram as desigualdades sociais motivou uma certa transformação em mim. A visão poético-estudantil em que eu me considerava um herói de capa e batina, um cavaleiro andante, desapareceu ou foi desaparecendo com o tempo e à medida que fui vivendo numa situação económica extremamente difícil com os meus dois filhos no Beco da Carqueja".

"Na formatura era um infantilismo pegado. Cachaços uns aos outros ao mesmo tempo que se dizia 'seu cagão'. Era uma coisa indescritível. A mim pediram-me para sair da caserna porque tinha pesadelos e berrava que nem um chibo"."Eu fui o menos classificado de todo o curso por falta de aprumo militar".

"A minha acção como professor era mais de carácter existencial, na medida em que queria pôr os alunos a funcionar como pessoas, incutir-lhes um espírito crítico, fazer com que exercitassem a sua imaginação à margem dos programas oficiais".

Faro 1961-1964
"Percorri algumas casas dos bairros limítrofes de Faro (...), os lugares mais baratos (...). Fui parar à casa da D. Maria, situada numa rua um pouco excêntrica e muito próxima do cais onde partem os barcos para a ilha..." "Foi uma fase de euforia extremamente gratificante e das coisas mais felizes da minha vida. Escrevi na altura 'Tenho barcos tenho remos', a propósito de um barco que utilizávamos. Nesse 'Barco do Diabo' fazíamos viagens fantásticas ou fantasmas (...) discutíamos pontos de vista vários. Tínhamos a mania de andar a pé até Olhão, até Quarteira e ainda mais longe."

"(...) e então fiquei extremamente impressionado com a colectividade: num local quase sem estruturas nenhumas com uma biblioteca de evidentes objectivos revolucionários, uma disciplina generalizada e aceite entre todos os membros, o que revelava já uma grande consciência e maturidade políticas".

Cidade da Beira 1965-1967
"Se houve alguma coisa em África que me marcou definitivamente foi a realidade colonial. Quando eu parti ia preparado para enfrentá-la: sabia quais os seus contornos e o papel que me cabia como professor, quais os alunos que ia ensinar. Sabia também que ia ser um veículo de transmissão ideológica de uma classe dominante. Sabia que tudo ia ser muito mais violento que tudo quanto tinha experimentado até aqui. Custou-me muitíssimo ir para África, mas hoje não estou nada arrependido".

"Fiquei terrivelmente ligado àquela realidade física que é a África, aquilo tem de facto qualquer coisa de estranho, uma força muito grande que nos seduz".
"O meu baptismo político começa em África. Estava a dois passos do oprimido".

Setúbal 1967-1979
"(...) instalo-me em Setúbal e começo a ser convidado para as colectividades da Margem Sul e mais tarde para as Associações Académicas, para aqueles seminários que se faziam no Técnico. Estudantes de Coimbra, indivíduos com grande maturidade e conhecimentos políticos visitavam-me aqui no prédio Estrela e passei a cantar nessas colectividades (...) Fui convidado pelo Cine Clube do Barreiro (...), aqueceu (...), a direcção foi presa e eu interrogado. Comecei a ser chamado à Pide com uma relativa assiduidade, ao posto local em Setúbal, até que finalmente fui corrido do ensino. Sabia perfeitamente qual era a minha função e pela primeira vez comecei a tomar contacto com o que mais tarde se veio a chamar cantor militante político (...).Vinha decidido a ser professor (...), trazia a angústia que era a de não poder sobreviver (...)"

"Nunca fui um indivíduo com certezas dogmáticas acerca de grupos ou partidos preferenciais. Comecei por me relacionar, sobretudo na Margem Sul, a associações de estudantes fortemente politizadas, por um lado, e a determinadas organizações políticas, como por exemplo os Católicos Progressistas, por outro. Achava que todos aqueles grupos eram necessários para formar um movimento que conduzisse ao derrube do poder. Qual seria depois o partido ou organização que surgiria após o derrube do poder, não sabia."

"(...) multiplicaram-se então as minhas idas por vários locais, reuniões com variadíssimos acidentes. Foi o célebre período em que o meu nome não figurava em jornal nenhum, em que embarcava sem saber se ia chegar ao destino, porque podia ser, como fui, interceptado pela Pide."

"A última vez que fui preso tinha ido esperar o meu pai ao aeroporto. Vim para casa, dormi mal e no dia seguinte bateram à porta. Estávamos em Abril de 1973. O meu filho Zé Manel foi abrir. O inspector apresentou-lhe o 'crachat' da polícia e ele voltou-se displicentemente para a sala a dizer 'oh pai é a prestimosa'. O tipo entrou, fizeram a vasculhação e levaram-me para Caxias."

Azeitão 1979-1987
"Curioso é que nós passamos 40 ou 50 anos de uma vida a fazer determinadas coisas e um dia mais ou menos de repente, sem que renunciemos a nada do que fizemos, apercebemo-nos de que tudo deveria ter sido diferente. É apenas uma vaga sensação que se instala, sem que saibamos defini-la muito bem. No fundo sou muito mais contraditório e supersticioso do que quis admitir ao longo dos anos."

"Eu sempre disse que a música é comprometida quando o músico, como cidadão é um homem comprometido. Não é o produto saído desse cantor que define o compromisso mas o conjunto de circunstâncias que o envolve com o momento histórico e político que se vive e as pessoas com quem ele priva e com quem ele canta.

"Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é o que fica. Quando as pessoas param há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os alibis de que nos servimos para justificar a modorra e o abandono dos campos de luta."
" Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão, seja a que nível for."
www.aja.pt

2001 - Edição Comemorativa

CD1 [46:32]
1. Canção De Embalar 4:02
2. Natal Dos Simples 2:57
3. Maria Faia (Moda Da Azeitona) 3:11
4. Canto Moço 2:00
5. Vai, Maria Vai 2:17
6. Milho Verde 2:16
7. Balado Do Sino 2:16
8. Mar Alto 2:49
9. Saudades De Coimbra 2:56
10. Verdes São Os Campos 2:14
11. Menina Dos Olhos Tristes 4:28
12. Cantar Alentejano 5:32
13. Vejam Bem 4:07
14. A Morte Saiu À Rua 3:12
15. Qualquer Dia 2:15

CD2 [51:26]
1. Traz Outro Amigo Também 3:55
2. Maio, Maduro Maio 3:16
3. Cantigas De Maio 5:46
4. Coro Da Primavera 4:50
5. Venham Mais Cinco 4:37
6. Coro Dos Tribunais 4:26
7. Com As Minhas Tamanquinhas 2:12
8. Enquanto Há Força 2:03
9. Fura Fura 3:03
10. Cantares Do Andarilho 3:30
11. Era De Noite E Levaram 2:18
12. Eu Vou Ser Como A Toupeira 2:02
13. Ailé ! Ailé 2:43
14. Era Um Redondo Vocábulo 3:19
15. Grândola, Vila Morena 3:26

Para ouvir o Zeca clique aqui e aqui
Password: www.g-sat.net





Maria Rita

Alguém sabe da Pimentinha?... Pois é, não morreu, acreditem em mim. Ei-la de novo na voz da sua filhota.
Para os mais novos: apreciem a boa música brasileira desta fabulosa artista dos novos tempos, e já agora, se puderem ouvir também a mãe...


""Maria Rita começou a cantar profissionalmente aos 24 anos. Agora, com 30, não acha que foi tarde. "Você se achar no mundo é uma tarefa muito difícil", diz a jovem que se formou em comunicação social e estudos latino-americanos nos EUA. Filha de Elis Regina e Cesar Camargo Mariano, de tanto dizerem que ela precisava cantar, Maria Rita resistiu durante algum tempo. "Encaro a vida como um grande processo feito de vários pequenos processos no caminho. Sempre quis cantar. Mas a questão não era querer. Era por quê. Não gosto de fazer nada sem ter um porquê. Fica mais fácil quando você tem um objetivo, uma meta. O motivo passou a existir quando percebi que ficaria louca se não cantasse", afirma.
Após escolher a hora certa, ela não pode queixar-se dos resultados que alcançou. Aliás, ninguém pode reclamar dos resultados alcançados por Maria Rita. Antes mesmo de lançar um CD foi a vencedora do Prêmio APCA de 2002 como Revelação do ano. Seu primeiro disco, "Maria Rita", lançado em setembro de 2003, vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo. O primeiro DVD, que traz o mesmo título e foi para as lojas na primeira semana de novembro daquele ano, chegou à marca de 180 mil cópias. Ambos foram lançados em mais de 30 países, incluindo Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Equador, Finlândia, França, Inglaterra, Itália, Japão, Coréia, República Tcheca, México, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Taiwan e Venezuela. Os números referentes à jovem cantora são sempre impressionantes. Maria Rita alcançou, no Brasil (um mercado tido como em crise, ameaçado pela pirataria), Disco de Platina Triplo e DVD de Diamante; em Portugal, CD de Platina. Também, pudera... Foram 160 shows completamente lotados ao longo de 18 meses.
O reconhecimento foi de público e de crítica. Maria Rita venceu prêmios importantíssimos em 2004: Grammy Latino nas categorias Revelação do Ano, Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção em Português ("A festa"); Prêmio Faz a Diferença (oferecido pelo jornal "O Globo"); o troféu da categoria Melhor Cantora do Premio Multishow e os do Prêmio Tim nas categorias Revelação e Escolha do Público. Do primerio CD dela, foram trabalhadas as músicas "A festa", "Cara valente", "Encontros e despedidas" (que foi tema na novela "Senhora do Destino") e "Menininha do portão".
O aprendizado para Maria Rita se deu todo de maneira instintiva e informal. Uma conversa com o pai, quando era mais jovem, ilustra bem isso. Maria Rita pediu que Camargo Mariano a ensinasse a tocar piano. Diante de uma negativa, encolheu-se: "Ok, você não tem tempo, não é?" O pai, que com certeza é uma das grandes referências musicais dela, discordou; disse que tempo, se fosse o caso, ele arrumaria. O problema é que ele aprendera sozinho... "O que ele toca ele não aprendeu com ninguém, então ele não tem o que me passar", entende agora Maria Rita, que seguiu trilha parecida. Soltava a voz e pronto. Passou a fazer aulas de canto, mais tarde, para "saber usar o instrumento". Ela até gostaria de ter uma bagagem mais formal, mas por outro lado mostra-se satisfeita com os caminhos que escolheu guiada pelo instinto e pelo coração.
Em setembro de 2005, chegou às lojas o novo trabalho de Maria Rita, "Segundo". O primeiro single foi "Caminho das águas". Juntamente com a pré-venda do CD em lojas online, foi feita a "venda digital" do single "Caminho das águas". Neste último caso, uma novidade no mercado brasileiro de discos, foram tantos downloads que houve congestionamento já na data de lançamento. Todo mundo queria ter Maria Rita gravada no computador. E não é para menos.
O novo CD rendeu à cantora uma extensa turnê no Brasil, participações especiais em diversos CDs nacionais ("Forró pras crianças" e "100 anos de frevo"), shows nacionais (Arlindo Cruz, O Rappa, Os Paralamas do Sucesso, Gilberto Gil e Mart'nália) e internacionais (Jamie Cullum, Mercedes Sosa e Jorge Drexler). O sucesso mundial de "Segundo" lhe rendeu, em 2006, mais dois Grammys Latinos -- Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção Brasileira com "Caminho das Águas" de Rodrigo Maranhão -- e mais de 50 apresentações no exterior com sucesso absoluto de público e crítica no Montreux Jazz Festival, North Sea Jazz Festival, Irving Plaza (NY), San Francisco Jazz Festival, dentre outros.
No dia 14 de setembro de 2007, Maria Rita lançou o seu terceiro CD "Samba Meu", produzido por Leandro Sapucahy e co-produzido pela própria cantora. O CD teve lançamento simultâneo nos Estados Unidos, América Latina, México, Portugal, Israel e Reino Unido.
Em abril de 2008, a ABPD concedeu o Disco de Platina a "Samba Meu" pelas mais de 125 mil cópias vendidas do CD.DiscografiaMaria Rita (2003)Segundo (2005)Samba Meu (2007).""
www.maria-rita.com


Maria rita - Segundo (2005)
1. Caminho das Águas
2. Recado
3. Casa Pré-fabricada
4. Mal Intento
5. Ciranda do Mundo
6. Minha Alma ( Diz a Paz que Eu Não Quero )
7. Sobre Todas as Coisas
8. Sem Aviso
9. Muito Poco
10. Feliz
11. Despedida
12. Conta Outra ( Ao Vivo )

Para ouvir tecle aqui

www.0pus666.com

Mas se a quiser ouvir e ver ao vivo ela vai estar em Portugal brevemente
24 e 25 de Junho em Lisboa e 27 no Porto

Hermeto Pascoal



""‘Deus disse: ‘Crescei e multiplicai-vos’; pirateiem meus discos’, clama Hermeto Pascoal.
Hermeto Pascoal é homem de muita fé em Deus. Mas se esse senhor de Lagoa da Canoa, Alagoas, tivesse uma religião, essa seria a Música. E na hierarquia burocrática da Igreja da Música Universal, Hermeto Pascoal seria seu pastor maior.O nome mais respeitado e livre da música instrumental brasileira chega aos sessenta e nove anos bisavô e de namorada. A “patroa” gaúcha Aline Morena, 26 anos, dona de divina voz, é quem divide o novo culto musical com Hermeto: “Chimarrão com Rapadura” será lançado na semana que vem em CD e DVD. Tudo independente.Mas essa história de músico independente não é novidade. Há tempos que esse pastor, ou mago, como prefere a imprensa, rompeu com as grandes gravadoras para fazer aquilo que queria. “Quem quiser piratear os meus discos, pode ficar à vontade. Pirateiem os meus discos... Sabe o que Deus falou? ‘Crescei e multiplicai-vos’. Muita gente pensa que isso é só para transar. Devemos crescer na maneira de ser e multiplicar o que tem de bom. Sem barreiras”. Tudo pela Música Universal.""
www.Queimabucha.com


Vamos ver se é desta que isto arranca em definitivo. Afinal sou mais perguiçoso do que julgava.

Para ouvir o Hermeto e os seu companheiros siga por aqui:


Hermeto Pascoal - Slaves Mass (vbr)
Hermeto Pascoal: voz, piano, piano Rhodes, clavinet, flauta, sax soprano
David Amaro: guitarra, violão, violão 12
Alphonso Johnson: baixo, efeitos especiais
Raul de Souza: trombone
Chester Thompson: bateria
Airto Moreira: bateria, percussão, porcos
Ron Carter: contrabaixo acústico
Flora Purim: voz
Produzido por Kerry McNabb para a Warner
01 Mixing Pot 9′18
02 Slaves Mass 4′19
03 Little Cry for Him 2′11
04 Cannon 5′20
05 Just Listen 7′08
06 That Waltz 2′46
07 Cherry Jam 11′45
08 Open Field 4′25
09 Pica Pau [take 1] 14′20
10 Star Trap [part 2] 15′45


download: parte 1 (98MB) parte 2 (24MB)

http://opensadorselvagem.org/blog/pqpbach

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Mozart (Todo o seu trabalho)

É minha intenção compartilhar alguma música que gosto de ouvir.
A minha opinião sobre este assunto é que depois de cumprido o circuito comercial, que duraria um certo tempo estipulado por lei, por exemplo um ou dois anos, toda a música deveria ser livre. Sei que é uma opinião discutível mas estou certo que contribuiria para o aumento da cultura em todos os países, na medida da divulgação e preservação de algumas obras.
Sobretudo, depois da morte dos autores, é ridículo que a sua obra não seja pública, e, tendo valor cultural, não seja publicamente divulgada.
Por exemplo, a musica dita clássica ou erudita, a obra de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e tantos outros.
Bem fazem os nossos irmãos brasileiros que divulgam a sua música em blogues (e não só) e que vou também compartilhar com os meus amigos.
Viva o Google e o trabalho undergoogle. O Orkut e os My spaces todos, que são uma correia de transmissão da cultura mundial. Com mais cultura haverá mais harmonia entre os povos.
Com mais cultura haverá menos guerras, menos fome e mais respeito pelo próximo.
Enfim o primeiro pensamento saloio,...mais virão.






Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart
nasceu a 27 de Janeiro de 1756, pelas 8:00h da noite, na cidade de Salzburgo.

""Quer saber como eu componho? Posso dizer-lhe apenas isto: quando me sinto bem disposto, seja na carruagem quando viajo, seja de noite quando durmo, ocorrem-me idéias aos jorros, soberbamente. Como e donde, não sei. As que me agradam, guardo-as como se tivessem sido trazidas por outras pessoas, retenho-as bem na memória e, uma após a outra, delas tomo a parte necessária, para fazer um pastel segundo as regras do contraponto, da harmonia, dos instrumentos, etc. Então, em profundo sossego, sinto aquilo crescer, crescer para a claridade de tal forma que a obra mesmo extensa se completa na minha cabeça e posso abrangê-la de um só relance, como um belo retrato ou uma bela mulher... Quando chego neste ponto, nada mais esqueço, porque boa memória é o maior dom que Deus me deu. ""
http://pt.wikipedia.org

E para os amantes de MOZART: click no nariz do senhor ;-)